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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

UFC dos Tambores - Bateristas x vizinhos

UFC dos Tambores


Bateristas x vizinhos


Este tema é realmente infinito, engraçado, mas acima de tudo é muito importante, tudo que venho escrevendo aqui são experiências reais ou no minimo de pessoas próximas do meu cotidiano musical.


Quer arrumar uma encrenca? Então, diga agora para seus vizinhos ou até mesmo para sua família (existem exceções quanto a famílias, rsrs) que vai começar a tocar bateria, surgirão perguntas como:
- Mas não faz muito abrulho?
- Onde você vai tocar?
Daí já da pra notar que soa o gongo para o combate, eu passei por isso um certo período, porém, ao surgir o pensamento de levar a música mais a sério, realizar um trabalho mesmo que de própria autoria ou mesmo me dedicar mais aos estudos para poder conseguir trabalhos com outros artistas comecei a pesquisa e busca de saídas alternativas e claro estudo financeiro do custo que isso poderia acarretar, mas sempre lembrando que, nada paga sua tranquilidade na hora estudar seu instrumento, sabendo que não irá incomodar ninguém e muito menos ser incomodado.


Vou deixar algumas dicas, não é uma receita genial, apenas alguns toques pra quem tá começando e talvez ainda não teve a informação em mãos.


Como a falta de verba existe, vamos começar por soluções mais baratas e praticas, você pode;


Comprar uma bateria de estudo, existem modelos feitos de madeira, fibra até mesmo estruturas de ferro, o valor pode variar de R$ 150,00 à R$ 500,00 existe a possibilidade de fazer uma, para pessoas que tem mais habilidades com as mãos e ferramentas, comprando algumas madeiras, parafusos, porcas e a borracha utilizada geralmente é o "látex" uma camada de 3mm sobre outra camada de borracha "e.v.a" de aproximadamente 8mm, isso vai depender do modelo a copiar, fazer um  modelo bem simples é uma boa saída, também pode apenas comprar o "pad" de estudo que simularia a caixa, custa em torno de R$ 150,00 reais.



Este modelo acima de madeira é um dos primeiros modelos a ser fabricados,  apesar de hoje existirem diversos modelos de baterias de estudo, o mercado ainda engatinha nesse segmento, poucas marcas nacionais se dedicam a isso, fica a dica e brecha para os fabricantes de produtos para nós bateristas.




A direita um protótipo feito de canos de PVC que encontrei na internet, é uma boa saída, reduzir custos e conseguir estudar, segue o link com o tutorial ensinando com construir a sua.

http://forum.batera.com.br/forum_posts.asp?TID=56252&title=diy-tutorial-fazendo-sua-bateria-de-estudo

Bateria feita com estrutura metálica
A esquerda está uma bateria feita com estrutura de ferro, muito mais reforçada, camadas de eva e látex nas borrachas, uma boa estabilidade e resistência para pedal duplo, além é claro de ter mais possibilidades de ajustar os padas em posições mais confortáveis.
Porém o custo dessa bateria já não é tão acessível quanto as demais acima, porém, fica a dica.



Peles mudas para estudo
Abafadores, são uma especie disco de borracha nas medidas de cada tambor e pratos pra que abafem o som do instrumento, reduzindo o som em até 80%.

Bateria eletrônica, elas surgiram por volta dos anos 80 e hoje já estão muito mais evoluídas e com sons incríveis, é uma excelente solução até mesmo no que se refere ao espaço pra colocar o instrumento, a fidelidade do som do instrumento e com fone de ouvido poderá estudar com playalongs (playalong são músicas para tocar junto, faixas que não possuem o instrumento como a bateria, para que se toque junto) e claro será muito mais divertido.


Modelo básico de bateria eletrônica
Hoje existem diversos modelos, os preços variam de R$1500,00 à R$ 20.000,00, este último valor assustador para as baterias eletrônicas top de linha.


Construir uma pequena sala de estudos, caso tenha algum espaço em sua casa, como uma garagem não utilizada parcialmente ou um quintal onde possa fazer um "quartinho da bateria", está pode ser feita até mesmo de madeira, alvenaria, enfim, diversas possibilidades, lembrando que, sempre ao construir uma sala é bacana pesquisar e tomar bastante cuidado com a parte acústica, para que não fique um som horrível ao ponto de ficar um som desagradável dentro da sala prejudicando assim seus estudos.


Segue link de um site que possuem ótimos guias e tutorias sobre o assunto.
http://audiolist.org/forum/viewtopic.php?t=3747


É isso galera, espero ter ajudado em algo.


Um forte abraço a todos e MADEIRA NA PELE BRASIL!!!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Técnica x musicalidade

Há quem ame ou odeie uma das duas? rsrs. Não é para tanto certo? Mas acontece que onde vou escuto esses papos, seja em estúdios, escolas de música, conservatórios "ahhh conservatórios musicais...rsrsrs" e acreditem, eu já vi muita gente ser totalmente do contra e muitos, quando digo muitos são muitos a favor hein, eu mesmo já me peguei falando, eu não um baterista técnico, não sou um músico técnico e tal, só toco em meus projetos e blá...blá...blá! Hoje tenho muito cuidado com o assunto, primeiramente respeito e atitude para compreender que estamos falando acima de tudo sobre música ou seja, arte.

Como diz uma canção por aí, "niguém é dono da verdade, mas pode ter sua posse, ciente da verdade eu faço o que eu posso" e na minha humilde concepção, a verdade é que todos temos técnica, seja ela apuradissima de maneira acadêmica adquirida com pesquisa e estudo do instrumento bem a fundo ou de maneira digamos mais natural, como se diz; autodidata, aprendendo sem o estudo mais detalhado, com os discos, com as dicas, sem ir tão a fundo, sem respeitar algumas regras técnicas na execução do instrumento, porém, conseguindo extrair um excelente som, e cá entre nós, o que ganha jogo mesmo é gol, lembrando que não estou "puxando a sardinha para lado nenhum" rsrsrs.

Esse assunto é bastante manjado em literaturas especializadas sobre música, quando pensei em escrever sobre desisti algumas vezes, mas sempre me deparava com essa assombração, rsrsrs, e sempre li que estudar é preciso, demorei para acordar musicalmente e abrir a mente, mas enfim, nunca é tarde, talvez tenha que acelerar um pouco mais para alcançar o tempo perdido. Vejo hoje em dia, todos nós que tocamos e estudados um instrumento temos essa gangorra de pensamento em algum momento de nossas vidas musicais, salvo aqueles que derepente precocemente influenciado por ume stilo musical que exige muita técnica ou por familiares músicos já comecem de cara estudando o instrumento para valer, eu tive algumas fases, mas acredito que o ideal seja buscar um equilibrio entre a técnica e musicalidade, o tão famoso "feeling", mas isso vai depender muito do seu objetivo final, e lembro que, já dizia um grande batera e filosofo; "A técnica é um meio e não o fim" então vamos as concepções básicas.

A técnica e musicalidade

É obvio que se pretende fazer trabalhos mais virtuosos isso irá exigir de você como músico uma técnica muito aprimorada, portanto, não dá pra ficar "viajando em feeling" com um monte de rudimento sujo, tocando fora do click e desrespeitando o lado mais racional da música, por outro lado, uma banda de música própria, ou projeto instrumental pode ser que não exija um exceção absurdamente técnica do instrumento, ou seja, essa dosagem só vai depender mesmo do perfil do trabalho que está sendo realizando e não com a capacidade dos músicos envolvido no mesmo.


O mesmo acontece no inverso, derepente e um projeto mais autoral será toalmente desnecessário a técnica excessiva, aquele lance de velocidade e tudo mais, simplesmente funcionará o "menos é mais" e assim a música irá respirar.

E agora para finalizar e evitar falar mais besteira (rs), música é arte, porém temos que nos situar, enxerga cada situação com os olhos que a mesma pedi, e claro, não por isso deixar de estudar muito, seja da maneira que mais se adequar, da forma de que melhor produzir e tirar um lindo som do seu instrumento, portanto, vamô que vamô MADEIRA NA PELE BRASIL!!!

Abraços!!!

Gil

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Saúde do Músico

Depois de um tempo sem escrever aqui devido ao tempo e o tema de hoje que é "Saúde do Músico" eu retorno ainda não com força total como pretendo, mas "numa nice, numa tranquila" rsrs.

Hoje eu venho por meio destas linhas de um "português nenhum um pouco pasqualês" desabafar um drama pessoal, e que servirá para muitos como alerta, não só para os músicos que lêem as matérias por aqui, mas para todas as pessoas que no seu dia a dia praticam atividades com movimentos repetitivos, sejam no trabalho, esportes, enfim, aposto que ao ler essa minha frase você já deve ter pensando: - Ah! Já ouvi falar sobre isso, a tal da tendinite, bursite, essas coisas com "ite" certo? Na mosca, porém o negócio é bem mais sério do que aparenta. Bom, meu intuito, não é dramatizar o que venho passando com as fortes dores e muito menos fazer uma critica clinica, está bem longe disso, mas apenas dar uma pequena pauta sobre esse tema que em nossa rotina passa despercebido. e é de grande importância.

A cada dia estamos mais e mais sedentários com acesso rápido a tudo e todos, compras pela internet, contatos com amigos "as tais redes sociais", contatos profissionais e por aí vai, só nesse meio tempo já ficamos horas na frente do computador, além do tempo que ficamos em nosso trabalho, isso para as pessoas que trabalham na frente de um, pois bem, não é difícil isso hoje em dia, já que na grande maioria dos empregos a informática já chegou direta ou indiretamente, eu mesmo passei o dia na frente de um "pc" e cá estou na frente dele novamente escrevendo essa matéria que você está lendo agora.

As dores - a dor é muito mais do que física, no meu caso tocar bateria nos últimos anos tem sido algo extremamente importante na minha vida, aliás, está se transformando em parte de mim a cada dia, imagino eu que, para qualquer pessoa a prática de alguma atividade que realmente adore fazer, o amor e dedicação de horas do seu dia, que faça investimentos financeiros, faça esforços enormes para conseguir tempo para ter esse contato diário, a dor não será apenas física, mas irá tingir em cheio seu psicológico, podendo em alguns casos se transformar em doenças psicossomáticas.

Enfim, a linha de raciocínio é, "mente sã, corpo limpo", de algum tempo para cá comecei sentir fortes dores no ombro esquerdo, porém, com a automedicação continue minhas atividades até que, travou de uma vez, e fui para em um hospital, em frente ao ortopedista, resultado, com o braço imobilizado e semanas sem tocar, a palavra que marcava o contexto de minhas frases era triste, durante esse tempo busquei informação além do tratamento médico e a partir desse momento essa vontade de alertar amigos músicos ou não.



Todos nós já ouvimos falar ou pelo menos vimos as siglas "LER" Lesões por Esforços Repetitivos, hoje em dia, DORT, que significa, Disturbios Ostemusculares Relacionados ao Trabalho, doenças relacionadas a movimentos repetitivos e é agora que entra em cheio nossa classe, os bateristas, atenção batuqueiros de plantão, os estudos médicos dizem que os mais atingidos devido a ergonometria são o vilonistas, porém, infelizmente não estamos nenhum pouco fora das estatísticas. 


Nós sempre estamos em busca de aprimorar nossa técnica, ter um domínio cada vez melhor e maior de nossos instrumentos e isso exigem muito treino, por exemplo, venho tentando estudar três horas por dia, o que é considerado muito pouco ainda, se comparado com grandes músicos que chegam há estudar dez horas por dia, e aí que mora o perigo, mas o problema maior não é o tempo de prática, mas sim como este estudo está sendo realizado, principalmente na postura ao tocarmos nosso instrumento, um alongamento e aquecimento bem realizado antes de tocar ou estudar, o sedentarismo, portanto, temos que ficar atentos para evitar que possa vir a ter algum problema devido à falta desses cuidados básicos.
A grande dica aqui é, vamos cuidar da nossa saúde o quanto antes, já diz o ditado "melhor prevenir do que remediar" enfim, cuide-se, porém caso mesmo assim venha sentir dores devido ser um daqueles que como eu não estava nem "se lixando" para fazer um aquecimento de quinze minutos antes de tocar, se preocupe agora, para não ter uma dor de cabeça, ou melhor, "dores osteomusculares" mais tarde, ou tarde demais em alguns casos. Busque informações com profissionais da área, como por exemplo, professores de educação física, fisioterapeutas, para que possa ter um auxilio adequado.Para não passar em branco vou postar aqui um vídeo explicativo básicos com alongamento de dedos, não se esqueçam também, da parte inferior, pés e pernas e coluna e pescoço.


No vídeo baixo algumas dicas simples apenas para sua iniciação no alongamento e aquecimento.
 


E isso aí galera, como estou na ativa novamente, Madeira na Pele Brasil.

Grande abraço a todos!

Gil.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Abertura da Virada Cultural Bateras 100% Brasil

Sábado dia 16/04 por volta das 16hs lá estava eu no trem rumo à abertura da Virada Cultural 2011, no player pessoal John Scofield um grande guitarrista de jazz acompanhando por um batera que estou ouvindo freneticamente chamado Steve Jordan, além disso, fritando o álbum “Balançando” de ninguém menos do que Milton Banana.

Enfim, sons a parte, sai da estação do metrô Anhangabaú aproximadamente às 17h20min, logo caminhando pelo vale assistindo movimentação de pessoas que indicava que mais uma edição da grande festa cultural "free" em São Paulo estava por começar, perguntei para um pessoal da organização de segurança se sabiam onde seria a apresentação do Bateras 100% Brasil, ninguém soube responder, então, continuei caminhando vale abaixo tentando visualizar algum palco, logo passei por baixo do famoso viaduto do chá e ao fundo escutei um esboço de uma massa sonora "groovando", não perdi tempo e apertei o passo rumo a minha tribo, a tribo dos batuqueiros “brazucas” e avistei camisetas verdes e amarelas já apostos em seus kits fazendo a passagem de som, ali estavam os Bateras 100% Brasil.

 Já preparei minha câmera e tentei encontrar um local de melhor visibilidade, não foi fácil, pois o público já estava ao redor da grande orquestra de bateria esperando o inicio do evento. De longe notei a presença de vários bateras como por exemplo, Nô, Marcos Xuxa, Robson Caffé, Lauro Lellis, Fabiano Manhas, Fernanda Terra, Mike Maeda e claro o mentor Dino Verdade que do palco dava as coordenadas de como seria conduzindo os temas a serem executados e tentava domar as baquetas inquietas do bateras presentes. Feito isso, uma pausa de 10 minutos para uma tomar uma água ir ao banheiro antes de começar a festa.

Os bateras assumindo seus postos.
Antes mesmo de começar o evento pude notar um clima muito bom que estava no local, realmente uma grande união de esforços não só da produção do evento, mas de todos presentes, amigos se reencontrando, novas parcerias sendo realizadas e uma mistura de etnias, estilos musicais, crianças com os pais assistindo, tocando juntos, enfim, algo realmente bonito de se ver, e falando em pais e filhos, amizade, eu não poderia escrever e deixar de fora Seu Toninho e Dante, Toninho um pai baterista de um pouco mais de cinco décadas de vida e seu filho Dante infelizmente corintiano (rsrsrs... brincadeirinha hein) presentes de copo e alma no evento.

Conheci Dante tomando uma cerveja antes de o evento rolar e logo não perdi a oportunidade de saber mais sobre Seu Toninho, Dante me contou: Putz! “Tô com meu coroa aí, ele tava doido pra vir tocar, se inscreveu e tal, daí agente fez um esforço pra trazer a batera e estamos aí”. Dante contou que Toninho começou tocar a 7 anos atrás aproximadamente quando ele tentou montar uma banda com seus amigos e não deu certo, o baterista da banda de Dante deixou a bateria na casa, logo Seu Toninho não perdeu tempo e comprou a batera e começou a tocar, segundo Dante sua esposa é que não gosto muito de dividir o esposo com a bateria (rs).

Seu Toninho e Dante (pai e filho).
Esse breve papo com Dante foi o tempo de começar o evento, a banda de fanfarra de Atibia fez uma pré abertura do evento, pois logo em seguida Dino Verdade e companhia no palco apresentavam o Bateras 100% Brasil na Virada Cultural 2011 oficialmente, e de cara um groove basicamente “funkeado” acompanhado pela banda EX4 da qual Robson Caffé faz parte foi executado, de cara podemos sentir o poder de aproximadamente 300 bateras tocando juntos, foi de arrepiar. Em seguida, o tema foi "Queen - Will Rock You" um clichê de uma das maiores bandas de rock de todos os tempos que tem como característica uma batida marcante e inconfundível, o famoso "Tum Tum Tá Tum Tum Tá" novamente o público presente ficou maravilhado.

Toninho em ação, passagem de som do Bateras 100% Brasil.
Em seguida subiu ao palco Rubinho Barsotti para reverenciar o evento uma lenda vida da bateria brasileira, que entre muitos outros trabalhos pilotou as baquetas do Zimbo Trio, trio de música instrumental brasileira conhecido e respeitado mundialmente. Sem perder tempo no mesmo palco o guitarrista convidado Kiko Loureiro puxou em sua guitarra "Brasileirinho" e assim seguiu a festa com este tema, aliás, praticamente um hino nacional da música popular brasileira, dando seqüência na mesma pegada, Lauro Lellis grande conhecedor de ritmos brasileiros subiu ao palco para que todos tocassem um baião, com o tema "Asa Branca" do mestre Luis Gonzaga, foi o ponto alto do evento, com todas as bateras juntas, fazendo a dinâmica da canção mais baixa em alguns momentos criando um clima fantástico, olhei para o lado e via até casais dançando um forró, viva o "for all" (rs).

A festa não parou, dentre outros grooves acompanhados pela orquestra de fanfarra de Atibaia, a FAMA tocaram temas do grande Tim Maia e Herbie Hancock que também fizeram o público dançar ao som da grande massa sonora de bateras.

Por volta das 19h30 o evento chegava ao fim, descrevo com uma experiência única ter presenciado tantos bateras juntos tocando, realmente foi de arrepiar, parabéns para todos, da organização ao público, realmente um evento lindo, ano que vem concerteza não irei perder a oportunidade de estar no meio dessa orquestra, pois concerteza foi e sempre será, Madeira na Pele Brasil.

Um grande abraço a todos!

Gil.

sábado, 2 de abril de 2011

Encontro de Bateristas

O que é o Bateras 100% Brasil?

Segundo Dino Verdade grande baterista e professor a idéia do projeto começou em 1996 quando ele fez um encontro de duas baterias, onde uma repórter local perguntou se ele pretendia quebrar o Guinness Book, de lá para cá a brincadeira só aumentou, muitos dizem que Dino realmente é maluco, que bom, que continue assim eternamente (rs),  essa maluquice com muito trabalho, apoio de marcas, parcerias, enfim muita alegria e amor pela música só aumentou e hoje já é o maior encontro de bateristas da America Latina onde o recorde é de 156 bateristas de todas as idades executando uma peça, uma verdadeira orquestra de bateria.

O encontro de bateristas apresenta um pouco desse nosso universo dos tambores para aqueles que não tem tanto contato e mostra que a união não só faz a força, mas faz um poderoso e belo som galera, essa locomotiva sonora está em ação desde 7 de Julho de 2000 data que marca sua primeira apresentação na cidade de Brasília na abertura oficial do Festival Porão do Rock, grande bateristas brasileiros executaram a peça "bateras Beat 2000" escrita pelo idealizador do projeto Dino Verdade, essa massa sonora matematicamente falando somou seis dezenas e quatro unidades de bateristas, isso mesmo, 64 bateras quebrando tudo contando com a ilustre presença de Robertinho Silva e outros nomes da cidade que são Daniel Oliveira, Renato Glória, Vinicius Corrêa, Pedro Mamede, Cesar Borgato, Rodrigão, Helder, Dennis, Dillmar Santos e Naná Aragão que se deslocou de São Paulo especialmente para o evento.

Abertura do evento foi com o grande Robertinho "Swing" Silva executando um solo primoroso, logo em seguida a orquestra de batera com regência de Dino Verdade veio soltando o braço em grooves e levadas tocadas em uníssono deixando o público presente de aproximadamente 10 mil pessoas sem piscar os olhos e de ouvidos atentos esperando sempre a próxima frase.

No ano seguindo o Bateras 100% Brasil aumentou conseguindo unir 88 bateristas, alguns dos nomes que estiveram presentes fortalecendo essa máquina percussiva foram Guto Goffi (Barão Vermelho), Boka (Ratos de Porão), Naná Aragão (Instituto de Bateria Bateras Beat), Maurício Leite (Solo), Alaor Neves (Solo), Bacalhau (Ultrage a Rigor), Marcelo Domingos e Tico Batera (Batucadas 1000), Vinícius Corrêa, Renato Glória, e outros grandes bateras brasileiros.

Dino Verdade escreveu uma nova peça com 4 vozes o que aumentou o poder de voz e com a variação de ritmos também ficou mais bela e foi apreciada por um público de 75.000 pessoas presentes.

O evento cresceu muito e a cada ano mais bateristas se cadastram pela internet interessados em fazer parte deste maravilhoso espetáculo da bateria brasileira. Escolas e lojas músicas estão cada vez mais levando o encontro de bateras para suas cidades.

Este ano já ocorreram algumas apresentações, os ensaios dessa orquestra de bateras aconteceram numa conhecida casa de shows de São Paulo, o Hangar 110. De acordo com a história em 7 de Julho de 2011 o Bateras 100% Brasil irá completar 11 anos, porém a comemoração e o presente vêm para o público e bateras que fazem acontecer, pois está confirmado a abertura oficial da Virada Cultural em São Paulo com o Bateras 100% Brasil, expectativa para o público é de mais meio milhão de pessoas.

Na imagem ao lado, encontro na cidade Santo André - SP, quebra do Recorde Latino Americano com 156 bateristas em 2006 junto batemos o recorde dos espanhóis de 120 bateristas.
Foto - www.baterasbeat.com.br 

O Madeira na Pele Brasil não poderia deixar de divulgar e presenciar este dia que será histórico para a bateria brasileira, onde muitos batuqueiros de plantão, muito som, muita energia unidos por um só objetivo, a música!

AGENDA DO MADEIRA NA PELE BRASIL

Bateras 100% Brasil
Sábado dia 16 de Abril às 16 h, no Vale do Anhangabaú em São Paulo.

Mais informações, inscrições acessem: http://www.baterasbrasil.com.br

Um abraço a todos e nos encontramos lá!

Gil.

quinta-feira, 31 de março de 2011

O Nascimento do MPB

Cá estou eu, mais uma madrugada pensando numa maneira de vida não condicional, claro que, totalmente relacionada à música está maneira, objetivo, impulso, combustível, ar?

Enfim, a cada giro do relógio é como se fosse mais um beat do click em minha cabeça, amanhã cedo tem mais um ensaio pra fortalecer a amizade com o tal do metrônomo, solidificar cada vez mais o groove do viver em prol da música na minha vida, às vezes no "bus" praticando "airdrum" enquanto os outros passageiros pensam que sou mais maluco, ou como diria meu irmão; parecendo um pica pau batendo na borracha de estudo até tarde da noite ou cedo das madrugadas e manhãs, sempre correndo contra o tempo e acertando-o nesta ânsia de sempre estar em contato com o instrumento.

Eu Agildo, vulgo "Gil" nasci numa pacata cidade chamada Batucolândia, periferia de frases e levadas de uma "drumlopóle" chamada "Groovus City" coisa de maluco? Não! Papo de baterista mesmo, pra mim foi tipo quando o homem descobriu o fogo, the power, fire, a chama acendeu em mim e não se apagará, poesia demais? Deixa estar, bateria também é arte, não chamei por papai ou mamãe, pois já tinha passado dessa fase e então chamei por; - Papa? Mama?

De lá para cá muitas coisas aconteceram, musicalmente pobre fui? Fui sim, mas nunca tarde demais pra enriquecer meu vocabulário musical ainda chulo, pois como o grande Elvin Jones respirou tarde esse ar musical, eu assim como muitos abri meus pulmões pra oxigenar mais e mais minha vida musicalmente falando, e claro os ouvidos bateristicamente buscando.

Como muitas pessoas quase não sabem a diferença entre o baixo e a guitarra, nem sabem o porquê existe uma "cozinha" na música, elas também nunca vêem o baterista, talvez por ele não exista para ser visto, pode ser, mas talvez porque seja tão bom ouvi-lo, ou melhor, mesmo ver aquela batera linda do que ver as caretas horríveis que fazemos ao tocar,.

Enfim, estou tão prolixo neste texto até agora que mais pareço um "drummerman" desesperado atacando frases velozes, viradas, pratos, truques de baquetas para impressionar alguém na platéia que tá pensando em ir ao banheiro, mas a fila tá muito grande, “DESISTO”. O intuito aqui será não falar apenas tecnicamente ou teoricamente, mas mostrar visualmente a vida de bateristas amantes dos tambores desse nosso país, mostrar tanto para nossa própria classe de batuqueiros quanto para pessoas que apenas apreciam a música no geral.

Essa enrolação de praxe foi pra contar um pouquinho sobre minha pessoa, pois vai ser muito difícil manter este projeto, mas estou aqui, pois amo meu instrumento e a música, por isso hoje nasce para todos os batuqueiros internautas de plantão o "MADEIRA NA PELE BRASIL" onde irei postar entrevistas, vídeos e iremos acompanhar a carreira de bateristas brasileiros já consagrados e conhecer grandes bateras ainda não tão conhecidos, espero eu que através deste portal possa fazer novos amigos, ou melhor, "groove friends" para aprendermos, apreciarmos, cultuarmos e levar a diante está arte de tocar e viver respirando música!

Madeira na Pele Brasil rapeize!

Gil.